R.E.N.T

Levei um tempo pra conseguir escrever sobre o tão falado RENT (sim, a adaptação para as telonas do famoso musical da Broadway). Talvez minha dificuldade seja por conta de SER um musical. Nenhum preconceito, claro, mas é que musicais sempre me fazem... rir. Por mais dramáticos que sejam, como RENT o é, os personagens conversarem através de música é motivo pra que eu me cague nas calças de rir...

Mas sério. Há tempos esperava pra ver. E o fiz no dia de sair de cartaz do último cinema (ou só esteve no HSBC Belas Artes mesmo?) e no último horário. Punkroquíssimo no úrtimo.

RENT é completamente apaixonado e intenso (assim como vende sua produção), e sendo eu como sou, não poderia ter amado menos. A ópera rock conta a história de um ano na vida de um grupo de boêmios artistas lutando pra sobreviver na "moderna" East Village, em meio a amigos morrendo de Aids, amigos morrendo de overdose, amigos com problemas com seus parceiros homossexuais e despejos por não conseguirem (quase nunca) pagar o aluguel (RENT, sacaram????).

A história é centralizada nos personagens de Mark (um film-maker wannabe) e Roger (um rockstar wannabe), dois "roommates". Ele precisam lidar com seus próprios problemas (como o abandono e a Aids, respectivamente) e ainda ser ponto de apoio para seus amigos Mimi (uma viciada), Angel (uma drag queen porto-riquenha morrendo de Aids), Maureen (uma enlouquecida) e o professor de filosofia Tom (amante de Angel e tb portador do vírus).

As músicas são... meio 80'?, como não poderiam deixar de ser. E, apesar de ter rido na maior parte do filme (e chorado na outra - instability 4 life!), RENT já está nos meus preferidos.

E dá licença que a bitoladinha aqui já vai pro Amazon ver o que eu consigo...

PS.: Pra quem não conectou ainda, em "Hedwig", quando seu parceiro Yitsak resolve abandoná-la para seguir carreira própria, ele diz que passou no teste para estrelar qual papel? Isso mesmo, a drag queen porto-riquenha Angel, no musical que será exibido num cruzeiro...